Quero ser médica

Desde pequenininha eu sempre disse que quando eu for adulta quero ser médica. Minha mãe perguntou: “Por quê?”

Acho essa pergunta meio boba porque é lógico que quem quer ser médico é para ajudar outras pessoas, mas tudo bem, vai que minha mãe não sabe disso, né? Afinal, ela sempre diz que ela não sabe de tudo.

Minha Bá me deu os primeiros instrumentos de trabalho quando eu era menor. Eu só não sei onde enfiei essa maleta, o restante ainda eu tenho, mas não tem problema… minha Bá disse que vai me dar outra maleta melhor. Aí, poderei atender meus pacientes melhor também!

Quando eu tinha 3 anos, fiquei muito doente. Minha mãe disse que foi pneumonia e tive que ficar 15 dias no hospital tomando muito remédio e injeção, o pior era o Tamiflu. Nossa! Como aquilo era ruim! Fiquei no Hospital Ipiranga e um dia passando lá em frente perguntei para o meu pai como fazia para trabalhar lá porque eu quero trabalhar lá, ajudar outras pessoas como me ajudaram.

Quando sai do hospital, ganhei um presente da minha avó, a boneca Little Mommy Doentinha, ela foi minha primeira paciente e até hoje cuido dela.

Papai disse que eu terei que estudar muito porque não é fácil fazer Medicina, mas tudo bem! Eu gosto de estudar! Minha mãe veio com um papo que talvez eu tenha que morar sozinha quando for fazer a faculdade, mas eu falei para ela que não quero, eu quero continuar morando com o papai e a mamãe. Aí resolvi o seguinte: a gente vai morar em São Paulo e vamos ser vizinhos para ficar mais prático.

Aquele dia, resolvi montar minha clínica, só que fiquei meio triste porque não apareceu nenhum paciente. Só tinha boneca de paciente, mas eu queria gente de verdade para cuidar. Olha as fotos da minha clínica:

Essa é a ambulância para carregar os pacientes. Eu pedi para minha mãe colocar em mim roupas brancas porque é a cor que os médicos usam. Ela falou que vai comprar um avental para mim.

Aqui é o estacionamento das ambulâncias.

A mesa do meu consultório para conversar com os pacientes.

Quarto da clínica para o paciente ficar internado. Eu não sou o paciente, só estou fingindo para mostrar para vocês. É bem confortável!

Para os meus pacientes melhorarem logo, eles podem brincar e ler o que quiserem.

Teve um dia na escola que meu amigo se machucou e fui ajudá-lo. Peguei um papel higiênico e limpei o machucadinho dele. Eu não tenho medo de sangue como minha mãe. Mas, eu sei que a gente também não pode mexer no sangue direto das pessoas, tem que usar luva porque se não a gente pode ficar doente.

Minha mãe perguntou se eu tiver que cortar a barriga de uma pessoa eu não terei medo. Eu disse que não, vou lá, corto e depois costuro. Simples assim!

Fui brincar de médica com a mamãe, sabe o que descobri? Ela tinha uma pedra no estômago, por isso ela tinha dores nas costas, na cabeça e isso ia dar conjuntivite. Ela perguntou se ela ia morrer e eu disse que não, liguei minha mãe no aparelho para ficar viva. Falei que não era nada grave para ela não ficar com medo.

Eu já sou uma grande médica!!!